domingo, 28 de dezembro de 2008

conto : ZÉ BARBICHA

Conto: ZÉ BARBICHA


Zé barbicha aceitou o convite de seu tio Tonhão para ir para capital passar uns tempos. Pôs em sua mala de viagem sua roupa preferida de ir domingo á missa, foi até o lago dizer inté aos seus companheiros de pescaria, deixou com dona Enerstina sua vaquinha mimosa que era uma belezura só e se foi assobiando pela estrada afora.
Quando chegou na cidade grande se espantou com tanta novidade,num era que era verdade mesmo o que o mascateiro que vendia prendas lá pelas bandas em que Zé morava falara a verdade.
A cidade grande tinha mais luzes que vaga-lume em noite de lua cheia, os automóveis faziam mais barulho que as rãs ao redor da lagoa em noite de lua quente de verão. E o povo, ai meu DEUS, que gentarada era pessoinha pra cá, pessoinha pra lá, cada um com uma esquisitice maior que a outra. E a comida, eita nó is, ele que estava com a barriga roncando mais que porcada com fome, foi a uma barraquinha e disse:
_ moço, ocê faz um bom pão com tudo que tem direito pra eu comer. Eita sô, num é que o mardito trouxe um tal de cachorro quente que tava mais para tartaruga matada a paulada, uma desgraceira só.
O pior de tudo foi quando pegou um carro para chegar na casa de seu tio , e o motorista quis engrazopar com ele.
_ A que altura o senhor quer que o deixe?
E ele que era muito esperto já atinando para a pergunta respondeu.
_ pode deixar no baixo mesmo moço, artura me dá tontura. Poe essa o cara não esperava.
Quando chegou á casa de sua tia e da sua tia foi só alegria, eita como é bom a parentela.
Melhor que a parentela lembrou ele , é voltar pro cantinho da gente

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